sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Igapó de Almas - Mar de Paradoxos (2021)...




Um paradoxo é uma sentença que ao enunciar algo se contradiz de pronto: na própria frase estão a negação e a afirmação, dispostas como as duas faces do teatro (um rosto triste e um rosto sorridente que não vivem separados), ou os dois gumes de uma faca. É nesse moto contínuo de impossibilidades e possibilidades que o Igapó de Almas lança seu terceiro disco, Mar de Paradoxos, num ano e num momento em que o mundo passa por diversos paradoxos – e em que as vozes e discursos diversos submergem e emergem com a exata mesma velocidade. A banda natalense, que começou no início dos anos 2010 como um projeto de Pedras Leão, afiliado a uma nova corrente de música da floresta que incorporava células rítmicas de tribos indígenas do Acre e de povos amazônicos, mesclado à música nordestina e aos sons eletrônicos, chega agora ao terceiro disco totalmente entregue à contemporaneidade; o paradoxo aqui, no entanto, também ergue os braços sobre a linguagem que o grupo apresenta, e enquanto uma vertente se abre para o futuro, outra se volta para o primordial da experiência musical, como nos ritos sagrados: a sedução pela voz e pelo tambor... Leia mais na Revista O Inimigo

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