Fechando mai um mês no blog, chegamos por aqui com a nossa #coleta166, resumindo como foi este mês de Março de 2024 no blog. São 17 faixas, sendo a primeira um som inédito e ainda não lançado do beatmaker, produtor, VJ, artista, e gringo mais paraibano que eu conheço, o Riegulate. "Its That Thing You Do" é o nome do som, estará em um EP que será lançado em breve pelo nosso selo, som bem verão/ensolarado, saca ai:
A baita arte de capa foi feita pelo designer gráfico cearense Jack de Carvalho. Ele explicou a proposta para a arte: "Parti da ideia da figura do lobo e usando vermelho e preto, cores predominantes da imagem principal do site. Elaborei como sendo a capa de um disco plastificada com um selo do "best price" e aquele carimbo de "Disco é Cultura". O lobo está em primeiro plano uivando em frente à uma casa antiga, não sei se a protegendo ou a intimidando". Eu adoro quando as pessoas usam o Lobo (ou cachorro), o lado "Canidae" do nome nas artes. Ainda vou ter uma parece com quadrinhos com todas as capas que foram pra esse caminho em casa. A gente fica lisonjeado de ainda chegar em uma galera nova, querendo fazer capa pras nossas coletas, ainda mais aflorando talento. Vale colar no perfil do Jack e conferir outros trabalhos dele.
Tai mais uma mixtape pra conta, são quase 14 anos (?) soltando uma todo mês! Ouça nossa coleta, dissemine com os amigos e se curte nosso trabalho, você pode nos apoiar ainda mais assinando nosso Apoia.se ou fortaleça através do nosso PIX que a chave é o nosso mail de contato: hominiscanidae@gmail.com
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Chegamos com o nosso GRINGOS DA SEMANA santo de Março. O nome segue o mesmo, mas o post e atualização da nossa playlist de sons do mundo está na temporalidade mensal. Na capa, uma arte que envolve música do pintor Francisco Goya, que nasceu num dia 30 de Março das antigas.
Acima, temos os links que levam para nossas playlists em 4 plataformas atualizadas com o Top 20 do mês de março para vocês conhecerem. Muitos sons de trabalhos lançados neste ano, até nesse mês, numa mistura sonora bem louca! Tem momentos de canções eletrônicas, tem pitadas de jazz, post alguma coisa, alguma música pop esquisita e muito mais pra vocês ouvirem.
Vale destacar o jazz instrumental com ares de psicodelia do grupo britânico Spectre Horsemen Pale With Dust, que acabou de lançar um single bem massa. Outro som massa que entrou na playlist foi um folk instrumental psicodélico do novo álbum da banda americana The River Otters, lançado esse ano. E a mistura sonora louca e lo-fi do projeto da bielorrussa audiodefectwave, que também tá na playlist.
Esse mês chegaram vários álbuns e EPs. Não esperava receber tanto material legal no começo do ano. Selecionamos os 4 que mais curtimos para falar um pouco mais abaixo. Todos também têm sons na atualização da nossa playlist. Leia sobre os destaques ai:
Olvo é o alias do compositor belga Nicolas Allard. O pianista formado em música clássica e eletrônica funde gêneros com um estilo pessoal e sem formato definido. Seja em parceria ou solo, o projeto tem lançado uma série de trabalhos interessantes. O mais recente é Ghost Beat Tape Vol. 10, lançado neste mês de março, com 27 faixas, a coletânea/beat tape mostra uma gama de influências, incluindo gravações de campo, falas e discursos de vídeos e vocal falado ou apenas para acompanhar o beat, mostrando as habilidades do beatmaker e produtor. “Este trabalho é o mais recente de uma série de mini-mixes apresentando o melhor do meu trabalho de áudio dos últimos anos, mas que não pretende estar em um álbum”, explica o artista. Vale o play e trip sonora no link abaixo:
Hotpot - One (Álbum/ Estados Unidos)
A única informação que tenho sobre esse projeto, é que é de um músico e produtor musical e beatmaker de Las Vegas. No instagram tem várias imagens bonitas que fazem referência a produzir e servir música como se fosse comida, como sugere a capa do álbum e o próprio nome do projeto. One é o primeiro álbum lançado, pelo menos com esta alcunha ou neste projeto. São 10 faixas instrumentais bem produzidas, muito bem pensadas, o que dá a entender que é alguém que trabalha com isso há algum tempo. Misturando hip hop, música clássica, eletrônica e jazz, mas de uma forma totalmente profissional. Essa bateria é orgânica ou beats?! Um trabalho muito bem feito, ouça na íntegra aí (ou no seu streaming preferido):
Joachim Sontag Quintet - Cueillette (EP/ França)
Joachim é um contrabaixista e compositor de Toulouse que, no final de 2023, formou um quinteto com uma combinação única de instrumentos. O grupo é composto por flauta, harpa, marimba, contrabaixo e bateria. No final do ano, gravou uma bela coletânea de delicadas composições acústicas do World Jazz.Em março, Sontag e seu quinteto lançaram um EP de 6 faixas chamado Cueillette. Embora as combinações de timbres distintos sejam ao mesmo tempo ousadas e corajosas, o som que se desenrola é decididamente leve e acústico. Tudo se encaixa muito bem, mesmo que não pareça. Ouça ai:
Will Mallard - Re-Assembly (Álbum/ Estados Unidos)
Will é um multi-instrumentista, produtor e compositor de 25 anos de Decatur, cidade no estado de Illinois, que hoje em dia vive em Chicago. Re-Assembly é seu segundo álbum solo, foi lançado em dezembro de 2023 e apresenta 13 faixas que misturam elementos de música eletrônica, instrumental, jazz e experimentações lo-fi. Não sei se por ele morar em Chicago, mas o som me remeteu a algumas doideiras sonoras do trompetista Rob Mazurek, integrante do Chicago Underground e que hoje em dia também integra o São Paulo Underground junto com músicos da banda Hurtmold. Em vários momentos surge um sax com delay, reverb e efeitos interagindo com os beats eletrônicos e os synths. Parece uma compilação de sons, nem todos se conectam, mas é um trabalho interessante pra conhecer o artista. Gostei do cenário de caos e destruição da capa. Ouça ai:
Curtiu os sons?! Espalha o post nas suas redes e ouça, siga e compartilhe a playlist com os amigos e ajude os sons a chegarem mais longe!
Neste domingo (3) o duo Samba Esquema Russo lançou seu novo álbum, “O (interminável) ano do rato”. O álbum já está disponível nas principais plataformas de streaming de música. Samba Esquema Russo contesta as noções de tempo em seu primeiro álbum, “O (interminável) ano do rato”, uma referência à representação de 2020 no horóscopo chinês e seu impacto ainda presente na sociedade até hoje. A sonoridade apresentada nos singles “Cazuza já morreu” e “A última canção” é expandida em outras cinco faixas... Continue Lendo no Laboratório Pop
Em um mergulho profundo no universo do Miami Bass, das ruas e da noite, GZLZ nos transporta para uma atmosfera misteriosa e etérea em Z_LAB, EP de estreia do projeto que une música eletrônica alternativa e artes visuais. Sob a direção criativa e musical de Pedro Jardim e realização do laboratório criativo GONZALEZ, o lançamento chega junto de uma live session. GZLZ compartilhou a jornada por trás do projeto: Esse EP começou a ser elaborado por volta de um ano e meio atrás. Quando comecei a estruturar as bases da GONZALEZ, minha marca, não poderia fazer de outra forma que não fosse começar com música. Sou músico e produtor há mais de dez anos, e por mais que hoje meus interesses e meus trabalhos percorrem outros caminhos, como as artes visuais, a moda, a pesquisa, sinto que a música sempre foi a estrutura primária de tudo isso. A GONZALEZ, como um laboratório criativo, abre espaço para que possamos atuar em múltiplas linguagens artísticas, e a linguagem musical me deixa muito à vontade para brincar... Continue Lendo no TMDQA!
Dizem que é nos menores frascos que se escondem os melhores perfumes e os piores venenos. No caso de Kamau, as rimas mais impactantes. Em Documentário (2024, Plano Audio), primeiro trabalho de estúdio do rapper paulistano após um intervalo de mais de uma década, cada uma das composições que abastecem o disco se resolvem em um intervalo de pouco mais de um minuto de duração. Um repertório essencialmente enxuto e livre de possíveis excessos, porém, tão denso quanto qualquer outro registro revelado pelo artista. Entregue ao público em pequenas doses ao longo do último ano, porém, somente agora organizado pelo rapper, o trabalho naturalmente peca pela ausência de surpresa na mesma medida em que cresce como uma obra única. São composições marcadas pelo reducionismo das batidas, uso de bases atmosféricas e vozes posicionadas em primeiro plano, trazendo uma clareza nas formação dos versos que potencializa a mesma riqueza de ideias e poesia afiada explícita nos antecessores Non Ducor Duco (2008) e Entre (2012)... Continue Lendo no Música Instantânea
Mototaxi é o mais jovem grupo de moda do Rio de Janeiro! Forjando melodias bailantes no garage punk nervoso, apresenta um som moderno e nostálgico para as crianças perdidas dos anos 2000. Formado em fins de 2023 por Ana Clara Martins (Texuga), Mateus Ferrari (Onda Errada HC) e Brayner Rodrigues (Klitoria/Onda Errada HC), Mototaxi é um verdadeiro supergrupo da nova cena punk carioca e fluminense. O EP de 8 faixas foi gravado ao vivo no Estúdio da Salvação, o epicentro da nova cena punk em Niterói. De fato, o EP foi completamente produzido em um fim de semana, dos primeiros acordes até o processo de masterização final. Após o single de estreia, “Buraco do Rato”, que contou com um videoclipe 100% faça-você-mesmo, a Mototaxi chega despretensiosamente com “Moda Jovem?”, um clássico instantâneo que facilmente poderia ter o status de álbum. As faixas do EP, apesar de conectadas pela estética da banda, também apontam direções diferentes entre si, deixando caminhos abertos para o futuro da banda. Esse sentimento é traduzido pelas artes analógicas que acompanham as capas da banda, mas também pelos timbres de guitarras que rasgam melodias desesperadas, pelos gritos sinceros, viscerais, e por vezes, melancólicos de Mateus Ferrari. Tudo é muito cru e sincero. As linhas de bateria frenéticas e ensandecidas de Brayner Rodrigues que, acompanhadas do groove sensível de Ana Clara Martins, produzem um resultado sonoro extremamente original e irreverente, que nos permite, pogar e sentir, tudo ao mesmo tempo...
A bagagem sonora da Qampo é reflexo direto do pluralismo estético que conduz os processos criativos da banda desde a sua fundação, em 2015. Neste mês a banda lança seu primeiro álbum, Ao Espírito da Hora Passada, já disponível nas plataformas digitais. “Eu e Pedro [Laporte – bateria, samples e percussões] somos amigos de colégio e já tivemos outros projetos por aí. Com o tempo as coisas foram mudando, algumas coisas deixaram de ser, mas eu e ele continuamos sempre tocando. Primeiro como hobby, depois já amadurecendo algumas ideias de composição e gravação também”, explica um dos vocalistas da Qampo, Rafael Zimmerle. “Anos mais tarde, por volta de 2015, eu conheci o Beró [Ferreira – guitarra e voz] e encontramos várias afinidades estéticas entre nós. Ele passou a integrar a banda naquela época e um tempo depois, entre 2021 e 2022, chegaram o Marco D’Almeida (baixo) e o Rafael Durão (guitarra, violão, voz, piano e synth) pra fechar o time”, ele explica... Continue Lendo na Revista O Grito!
Com sete faixas, álbum traz participações da Pepita, MC Luanna, Aurora Abloh e Salvie da Bawdy (EUA) As Irmãs de Pau, dupla pop formada por Isma Almeida e Vita Pereira, lançam hoje a primeira parte de, Gambiarra Chic, segundo disco de estúdio delas. No repertório deste primeiro volume, as Irmãs de Pau divulgam cinco faixas inéditas, além dos dois singles lançados previamente, “Cussy” (2023) e “Shambaralai Remix Cyberkills” (2024). Gambiarra Chic é dançante e alto astral, passeia pelo trap, rap, reggaeton e funk, conta com produção musical de grandes nomes da cena musical eletrônica como Brunoso, MU540, Cyberkills, DJ Dayeh e Clementaum, além das participações especiais da Pepita, Mc Luanna, Aurora Abloh e Salvie da Bawdy (EUA). “A produção do disco foi exatamente uma gambiarra. Estávamos numa turnê, um momento conturbado. Mas não era uma conturbação ruim: estávamos conseguindo mais recursos, fazendo uma turnê de sucesso, nos tornando cada vez mais donas dos nossos corpos. O processo de compor mudou, a gente não tinha mais tempo para fazer retiro e compor juntas”, revela Isma... Continue Lendo na Trace BR
A Banda Fera Neném surgiu em 2014 e lançou seu primeiro trabalho em 2017. Para o ano de 2024, o grupo prepara o seu segundo disco, com onze faixas inéditas: “Xi, deu zebra!”. Para iniciar esse novo trabalho, o grupo lançou em janeiro o single: “A Ilha de uma casa só”, e, em fevereiro, o single “Histórias”. No dia 15 de março, o novo trabalho estará disponível em todas as plataformas digitais. “Xi, deu zebra!” conta com a participação especial de Juliana Linhares em “Respirar”. A Banda Mirim é representada por Tata Fernandes e Simone Julian na faixa “Lila-lilás”. Felipe Nader assina o arranjo de sopros em “Histórias” e Rafael Wer contribuiu para as percussões do disco. Em “Punk para as Pancs”, um coro de crianças faz participação especial... Continue Lendo no Shock Radio Web
Sem uma chegada muito incandescente em seu lançamento o multiartista Tizeh (ex membro da banda brasiliense Palamar), oriundo de Taguatinga (DF), apresenta seu primeiro projeto solo: Movimento Joia EP com composições que se misturam entre estações e situações soltas e soturnas, colagens sonoras sujas e lapidadas com vontade de serem sempre memórias de ciclos e de rotinas. O movimento é sobre vontade de brilhar, mas aguardando calmamente o tempo ao redor se desembolar. Gravado ainda quando residia em Samambaia (DF) contando com a produção de Stevie Victor e participações de nomes quentes da cena: Pratanes, an_tnio, Magão (banda Aiure) e Gustavo Halfeld (Ypu e Casacajá). Com apenas 5 faixas autorais construindo uma vibe soturna e simples mas com camadas definidas em transportar para alguma lembrança que se cicatrizou como casquinha no joelho...
Thiago Gadelha é músico de Olinda, Pernambuco. Pela alcunha de Wolf Gadelha e em parceria com Alberto Monteiro (O Rasta), ele está lançando “Coronal Heating Problem” (2024), seu novo álbum com 7 faixas de pura psicodelia. “Coronal Heating Problem”, ou “Problema da Coroa Solar”, é como é chamado o mistério que é o motivo pelo qual a coroa solar revela temperaturas muito mais altas do que a própria superfície do Sol. O álbum quente foi produzido e gravado nos últimos 7 anos, que remete ao período em que Thiago tinha uma banda com amigos chamada Casillero, com quem lançou o álbum “Dark Swing” em 2016. “E assim que lançamos comecei a escrever algumas ideias para o que seria a continuação do ‘Dark Swing’”, conta o artista. Nesse meio tempo, a banda acabou. Como Thiago já tinha alguns esboços, não quis abandonar a ideia. “Eu já conhecia o Rasta e sabia que era um músico muito talentoso, então arrisquei fazer o convite para mostrar esses esboços, o ano era ainda 2016 e pelo motivo que talvez apenas ele saiba, ele se juntou a mim para fazer este disco”, explica Thiago. Começou então aquele processo a quatro mãos e vários instrumentos, com trocas de sugestões e ideias entre ambos. “Eu escrevia, mandava para ele, ele ensaiava, escrevia e gravava ideias de bateria, execuções, e mandava para mim; eu ouvia, dava também minhas opiniões e sugestões, e assim foi até que o repertório estivesse pronto”, comenta o músico. Em 2019, o Rasta gravou as baterias no Estúdio Pólvora, no Recife. No meio do processo da gravação dos outros instrumentos, aconteceu a pandemia, que pausou o projeto... Continue Lendo no Scream Yell
Uma reza talvez seja a definição que mais se aproxime da filosofia de ‘Boemia’. No entanto, aqui, o templo sagrado se faz na roda de samba, daquelas germinadas no final da década de 1970 na cidade do Rio de Janeiro, quando os reverendos eram sambistas experimentais de fato, e levavam o grito do subúrbio para todo o país reinventando os modos de existir no mundo. Este álbum nasce, portanto, de um fascínio, de uma reverência, e reúne importantes signos de sonoridades ancestrais que aqui ganham contornos outros e se firmam na bateria febril de Wagner Ramos e nos labirintos dos sopros de Rômulo Alexis, qual uma espécie de crônica poética a nos colocar em contato direto com outros conceitos em torno do Tempo. Boemia vai ao encontro de antigos deuses forjados na força coletiva da invenção. Para isso, o duo cose, cada um à sua maneira, uma atmosfera de tons orgânicos e simbióticos, algo que beira o abismal: uma dança que atravessa o processual e a confiança. A Radio Diaspora naturalmente se volta para o amanhã ao tempo em que mira o pretérito, e o faz ostentando uma ética experimental repleta de fluidez, já que os fenômenos que os orientam envolvem soltura. E então brincam. É quando o fascínio se torna um princípio, e cria caminhos para atravessar rios de conduta eletrônica num disco que possui certo caráter autobiográfico, nascido de um instrumental que, comparado às obras anteriores, soa mais fluido, com um andamento melódico-harmônico onde há menos vozes, repleto de elementos percussivos do samba como, por exemplo, o repique de mão...
Ozymandiaz é um artista sonoro experimental da Bahia. Imagens é um maluco que ele conheceu na internet e esse é o segundo collab lançado por eles no final de 2023...
A cena musical independente de São Paulo está mais uma vez em destaque com o lançamento do segundo EP da banda Taksi Noise, intitulado “Side B”. O trio paulista, que se autodenomina como representante do rock alternativo/post-punk, vem conquistando espaço desde sua formação em julho de 2022 e já deixou sua marca com o lançamento do primeiro trabalho, “Side A”, no ano passado. O novo EP, composto por quatro faixas intensas, mergulha nas profundezas da sociedade moderna, abordando temas que vão desde as decisões dos poderosos até as pressões da sociedade contemporânea. O álbum começa com o impactante “Killable People”, que lança um olhar crítico para as consequências mortais das decisões políticas e econômicas que moldam quem é considerado dispensável em um mundo muitas vezes cruel... Continue Lendo no Overrocks
Tristeza Não Tem Fim, projeto de Lay Soares, da banda Tuyo, Chrisley Hernan, da banda Lutre, e Vitor Brauer, da banda Lupe de Lupe, lança seu segundo disco. Após inaugurar o gênero com o autointitulado álbum de 2022, Lay, Chrisley e Vitor voltam com "Felicidade Sim", o segundo de uma série de discos que exploram o experimentalismo e o samba com vozes etéreas e ritmos desconstruídos. O segundo disco é constituído novamente por músicas compostas por Vitor Brauer e a paleta de cores proporcionadas pelos talentos de Lay Soares e Chrisley Hernan. O resultado é um ramo de flores que perpassam por inúmeras influências, da mpb a música eletrônica experimental...
As bolhas de sabão sobrevoam a paisagem crepuscular refletindo em sua transparência o visual natural do amanhecer no litoral. Entre o som das ondas, que valsam em seu próprio compasso, a brisa traz um frescor revigorante que esconde, ou, ao menos, retarda o calor profundo que penetra na rotina a partir do ápice do dia. Ainda assim, esse momento inicial do alvorecer traz um senso de conforto contagiante até que um swing invade esse contexto por meio de um ritmo malemolente e tropical que flerta com o reggaeton. De base pop com pitadas eletrônicas, Brilho Banho De Sol apresenta resquícios de uma new wave que a deixa dançante em seu suor sonoro. Oferecendo uma estrutura capaz de comunicar uma despropositada similaridade estética com aquela de Não Vá Embora, single da Marisa Monte, Brilho Banho De Sol não é somente uma reverência ao Sol propriamente dito, mas uma obra nostálgica que soa como se Henrique Ludgério estivesse conversando de maneira direta com alguém que já se encontra no outro mundo. É como o desejo pela honra, pela gratidão e pelo orgulho de um alguém que, agora, se encontra em um estado de onipresença. Entorpecida e embriagante, o despertar do novo ambiente é levemente dançante, mas traz consigo a energia de uma rave, de uma festa prolongada até o amanhecer. Nesse contexto em que o sonar ácido do sintetizador prevalece, Ludgério vem com uma interpretação lírica indiretamente sensual que não demora a introduzir sua proposta dialética. 4M0R L1M40 é uma canção que narra a desconexão súbita entre duas pessoas, porém não, imediatamente, um distanciamento entre elas, mas sim a separação delas com elas mesmas. E a partir daí, gerou o conflito que levou ao fim do entrosamento. É a análise de um momento definitivo que proporcionou a desconexão súbita de dois indivíduos que se amavam. Ainda que dançante, 4M0R L1M40 traz uma essência contagiante em sua energia melancólica e cabisbaixa... Continue Lendo no Roadie-Music
Explorando um mosaico de sonoridades indie e sintetizadores, emerge a Estação Imaginária, um projeto enraizado em Teresina, no Piauí, que funde a rica brasilidade com uma abordagem alternativa e contemporânea. Concebido pelo talentoso compositor e músico Davi Abel, cuja trajetória inclui contribuições em bandas locais como Monte Imerso, Duben e Quarto Dimensões, a Estação Imaginária representa sua incursão solo. Seu álbum inaugural “Domínio das Emoções” é um testemunho vivo desse cruzamento de influências, onde a psicodelia brasileira encontra-se com texturas sonoras modernas e cativantes. “Domínio das Emoções” é uma jornada sonora meticulosamente construída, tecida com ritmos envolventes e guitarras que evocam emoções profundas. Com uma abordagem puramente instrumental, cada faixa fala por si, transmitindo sua mensagem através de sons reverberantes e atmosféricos. Incorporando elementos do rock psicodélico brasileiro, da guitarrada e do baião, o álbum é um testemunho da jornada de um artista nordestino que absorveu influências globais, mantendo suas raízes culturais intactas... Continue Lendo no NoiseLand
A trilogia "O Labirinto" nasce da percepção da busca de uma saída do caos que chamam de vida e o entendimento de que toda resposta e porta para fora está dentro de cada um. Social e culturalmente falando, o olhar é condicionado à não observação de problemáticas, levando à busca no externo de coisas que somente no interno se encontram. O Labirinto leva à reflexão do eu como personagem central e não apenas um coadjuvante de suas próprias vidas. Como num labirinto, se não estiver atento aos caminhos, nunca irá encontrar a saída e quando o medo atravessar, dentro desse campo de solidão, precisará acalmar seu coração para não se perder. Fisiologicamente falando, ao se perder controle da respiração o cérebro não oxigena e o coração acelera, ocasionando tontura, falta de ar e uma possível perda de consciência, podendo levar à morte. O aprendizado de acalmar o próprio peito acelerado, faz com que haja uma retomada do controle do ser, lembrando o propósito e motivo do existir e ser quem se é. O reconhecimento, dentre suas possibilidades, traz o entendimento de limitações, habilidades, potência e força. Pérolla é artista paulistana, ela/ele/elu, crescida na zona norte num lar cheio de musicalidade e arte, encontrou através das aulas de dança e participação em um grupo de coral de sua igreja, uma forma de expressar seus sentimentos e observações da vida à sua volta. Com sua voz deu movimento a seus textos sinestésicos e metafóricos, tocando seu público como uma chave que abre algo trancado...
Em seu disco de estreia “O Tamanho do Tempo”, Carlos Cavallini contempla a imensidão do tempo e do mar com minimalismo do eu, enaltece os horizontes dos infinitos amores e nos oferece amizade por todo o percurso da obra. Imenso céu e sempre mar. Infinitos desertos, ondas e caminhos em que estaremos de alguma forma no tempo. A primeira viagem de Carlos Cavallini em disco é muito do mundo, do eu; condensa bastante de experiências dos sons e sentimentos que viveu, afinal o primeiro disco é sempre um apanhado de composições e experiências de épocas diversas que levaram o artista até uni-las em estúdio. Há beleza de muitos momentos e sabores a cada faixa, numa obra que se abre com o mar e sua imensidão. O mar para Carlos começou em Vitória, onde nasceu no Brasil e virou cais em Lisboa, onde resolveu aportar há 15 anos. Ao longo da obra que nos cria, recria e nos mergulha em mares tranquilos, o tempo é protagonista em um cenário para audição de um disco que nos conecta com tantos abraços. No ar, no espaço, nas pessoas e na natureza. As 12 faixas são 12 elos entre si e entre quem as ouve...
No Dia Internacional da Mulher, vamos falar de uma jovem que começa a despontar no mundo musical pernambucano. Quem, sabe, daqui a um tempo, a quase menina terá seu lugar merecido no cenário artístico nacional. Vamos conhecer a recifense Dora Martins, 17 anos, que no sábado (9/3) lança seu álbum de estreia, Dreamy. Dora mergulhou no universo musical ainda criança, aos sete anos. E debuta no palco, acompanhada por experientes músicos de Pernambuco. O repertório do show tem canções já lançadas da própria artista, algumas inéditas assim como versões de algumas, já conhecidas, mas que estão ligadas às referências e também às memórias afetivas da jovem artista. Entre as referências: Rita Lee (Brasil), Aurora (Noruega), Billie Eilish (Estados Unidos), Laufey (Islândia) e The Camberries (Irlanda)... Continue Lendo no Oxente Recife
CARANGUEJO DE AÇUDE é o primeiro disco da Zepelim e o Sopro do Cão e foi lançado em janeiro de 2024. O novo trabalho foi construído entre 2020 e 2023 sob a produção de Billy Costa e coprodução de Dede Guima no estúdio The Bridge, Campina Grande. A fim de fortalecer o circuito artístico local através da difusão de seu novo disco, a arte da capa ficou por conta da artista visual campinense Bibi Andrade, que sintetizou a sonoridade e a estética visual utilizada pela banda em uma abstração feita sobre uma placa de MDF reutilizada e que posteriormente foi escaneada e levada para o digital. Com 8 músicas que revezam-se entre o hardcore e punk, ska e rap, Caranguejo de Açude é um álbum que busca, através de influências e linguagem globais, comunicar vivências e percepções acerca do local onde se vive. É do interior da Paraíba que surge o caranguejo, instalando na população a dúvida acerca da veracidade da existência de tal crustáceo no mais famoso cartão postal de Campina Grande, o Açude Velho...
Os caminhos percorridos por Carla Boregas nem sempre são os mais acessíveis, mas com certeza são os mais interessantes. Conhecida pelo trabalho como integrante do Rakta, com quem lançou há quatro anos Falha Comum (2019), além de colaborações eventuais com músico Maurício Takara e as criações no Fronte Violeta, a multi-instrumentista paulistana que hoje reside em Berlim, na Alemanha, parece brincar com as possibilidades em Pena Ao Mar (2023, iDEAL). Estreia em carreira solo, o registro de oito faixas funciona como um acumulo natural de tudo aquilo que Boregas tem produzido em mais de uma década de atuação, porém, estabelece na lenta e permanente desconstrução dos elementos seu principal componente criativo. Concebido em um processo de residência artística em Zurique, na Suíça, durante o ano de 2020, Pena Ao Mar avança em uma medida própria de tempo. Com Ações Em Paralelo como canção de abertura, Boregas apresenta parte dos elementos que serão incorporados e melhor explorados ao longo do trabalho. São ambientações acinzentadas que se completam pelo uso de texturas ocasionais, efeitos e captações de campo que garantem maior profundidade ao material. Sedimentações sintéticas que se revelam ao público em pequenas doses, formatando paisagens sonoras de maneira sempre granulada na cabeça do ouvinte... Continue Lendo no Música Instantânea
Uma das promessas do trap paulista, El Coffee, lançou hoje (8), o videoclipe de “Casual“. Com produção de Paiva Prod, a música abre os trabalhos da mixtape “Maciço“, que já está disponível nas plataformas digitais, e conta com participações de nomes como Kayode, Caio Luccas e Trunks, entre outros. Em 13 faixas, “Maciço” é o primeiro projeto completo de trap da carreira do artista. A coletânea reúne produções feitas pelo rapper desde que assinou com a gravadora Yalla Recordings, em 2022. As composições são como um desabafo feito por Coffee, trazendo vivências, lutas e conquistas do cantor ao longo de seus 22 anos. “É um trabalho de vivência. Não me preocupei em mercado, nem me prendi a rótulos ou estruturas. Só quis passar minha verdade, me apresentar e mostrar minha autenticidade para a galera que vai me conhecer daqui para frente”, afirma... Continue Lendo no Canal Rap RJ
A banda goiana Sangra D’água estreia nesta sexta-feira, 8 de março o EP – que significa Extended Play e caracteriza uma gravação de música que é mais longa do que um single, mas contém menos faixas do que um álbum ou LP. Raul Freitas (vocal e guitarra), Lucas Romão Abreu (backing vocal e baixo), Mariana Barros (teclado) e Adriano Abreu (bateria) deram início ao projeto Sangra D’água em março de 2023, após se aproximarem na faculdade. Apesar das similaridades de influências direcionar o quarteto para um rock psicodélico pós moderno, ‘Desenlace’ carrega diferentes gêneros em seus quase 18 minutos, como R&B, Blues, shoegaze e stoner. As quatro faixas do novo EP contam uma só história, narrando as desequilibradas fases de um relacionamento enquanto apresentam sua identidade sonora... Continue Lendo no site ByBritzNews
Lançado em 13 de março de 2024, o álbum "Irritante Paz" explora as nuances do post-hardcore e screamo, moldando as influências da banda Módulo Lunar aos gêneros. Sonoramente é um disco "cheio", por vezes nos fazendo esquecer que aquele som é feito por apenas duas pessoas, não deixando nada a desejar quanto às complexidades do estilo post-hardcore. O disco foi totalmente produzido, gravado e finalizado pelos integrantes da banda em Ribeirão Preto, SP, onde residem. Eles também foram os responsáveis por produzir os CDs e fitas cassete do lançamento, assinando os trabalhos como Bloko+Lab, uma colaboração entre a produtora de conteúdo que possuem (Bloko Mídia) e o local onde os trabalhos são realizados (Estúdios Lab). A banda, que teve início em 2018, é um duo desde 2023 e esse é seu primeiro lançamento com essa formação. "Decidimos fazê-lo de maneira mais robusta, onde as músicas estejam conectadas de alguma forma e criando uma unidade. Também decidimos assumir de vez a voz como elemento na banda", diz Pedro. Durante a composição, os integrantes estiveram mais atentos às partes harmônicas e melódicas, já com os olhares voltados para a produção do álbum, tendo em vista que como duo seria difícil replicar ao vivo elementos utilizados puramente para embelezamento das músicas em estúdio...
A banda curitibana Cigarras acaba de lançar seu primeiro LP intitulado “Fumódromo”. Curtidas e maturadas nos porões, bares e inferninhos de Curitiba, as Cigarras vêm conquistando espaço no cenário nacional com apresentações viscerais e sua fusão de punk rock, mod e garage. O álbum é o primeiro full length da banda e acaba de ser lançado em vinil e streaming em uma parceria Zoom Discos e Neves Records. O disco conta com 12 faixas cantadas em português que esbanjam sarcasmo e irreverência. Com músicas que grudam instantaneamente na cabeça como “Eu gosto de você, mas também gosto do bar” e de experimentações com outros estilos como na rancheira punk “Prensa no pulmão” e na atmosférica “Mandrágora”, a banda diversifica seu estilo que já vinha sendo apresentado desde seu primeiro compacto em vinil auto-intitulado e diversos singles. Os fãs do lado mais punk rock da banda também podem se deleitar com faixas poderosas como “Tais, Tais” e “Eu não quero mais nada”. Formada por Maria Paraguaya (voz e guitarra), Taís d’Albuquerque (guitarra e voz), Rúbia Oliveira (baixo e backing vocals) e Babi Age (bateria e backing vocals), as Cigarras chegam com tudo em 2024 prometendo um ano fervente e esfumaçado...
Celebrando 50 anos de carreira e mais de 30 anos do encontro musical e parceria com Luiz Melodia, o cantor, compositor, e guitarrista baiano, Ricardo Augusto lança o disco “O Ébano e o Marfim”, nesta sexta (23 de fevereiro). O repertório é uma coletânea de músicas criadas e produzidas pelos dois artistas durante a década de 80 e 2010. O álbum chega às plataformas digitais através do Selo Benzza Music (@benzzamusic). Esse é o 7º álbum de Ricardo Augusto, que reúne 17 faixas exaltando a música popular brasileira, passando por referências do jazz, blues e bossa nova. Algumas músicas são interpretadas só por Ricardo e outras, que foram gravadas com Melodia, são resgatadas na coletânea. O disco também conta com a com a participação de Lazzo em o “Sangue Não Nega”“... Continue Lendo no DigaBahia
Ataxia é o primeiro álbum completo de estúdio da banda de metal alternativo brasileiro ballburya. Com as gravações iniciadas em 2022 e produzido por Douglas Neves no Estúdio Fusão, conta com 10 novas músicas autorais do grupo. Ataxia é a dificuldade e incapacidade de se realizar movimentos voluntários, é querer se mover e não conseguir, é a perda de controle de si e do que outrora fora comum. Com guitarras pesadas, ritmos sincopados e vocais femininos limpos, o grupo mescla elementos e tradições do metal e da música brasileira em seus mais variados gêneros, chegando em uma sonoridade autoral, orgânica, corajosa e ao mesmo tempo brasileira. O nome, Ataxia, reflete também o conteúdo lírico das novas composições, com letras que buscam retratar essa sensação de impotência e incapacidade, seja com críticas à sociedade e vivência atuais, seja indo aos confins dos sentimentos e relações humanas mais básicas e até mesmo explorando temas pessoais e sombrios dos membros da banda. Atualmente, ballburya é formado por Cath Castro (Vocais), Bélity Milanesi (Guitarra), Mike Stn (Guitarra e vocais), Gabriel Carvalho (Baixo) e Ruan Cezar (Bateria)...
O Circo da Retina é uma banda que incentiva a arte de rua e sua amplitude causando em todes que passam por nosso caminho a vontade de se expressar artisticamente, com um humor ácido e letras afiadas O circo da retina apresenta um show com uma musicalidade original e empolgante que caminha entre afrobeat, rock, rap e reggae, além de interagir com o público através das artes circenses, malabarismos e muito improviso tanto musical quanto visual. Com 4 integrantes na banda o projeto também agrega outros artistas que vivem o tema circense. "O Que é Arte?" é o primeiro álbum da banda...
Cláudio Frêp sobe ao palco com um manifesto contra a intolerância e o preconceito. Em clima festivo, o cantor e compositor inicia uma sequência de apresentações de lançamento do seu novo álbum, “Manifesto Caboclo”, e a primeira será na Casa com a Música, na Lapa, no dia 13 de março, quarta-feira, às 19h30. Já no Cine Joia, em Copacabana, serão dois shows, nos sábados dos dias 16 e 23 de março, às 21h30. O show é uma celebração à alma brasileira. Uma exaltação à força e resistência de nossa miscigenada cultura, tão vilipendiada nos últimos anos. Anos de dias escuros vividos sob as fuligens de milhões de hectares de florestas queimadas e as cinzas dos 18 milhões de artefatos consumidos pelo fogo no trágico incêndio do Museu Nacional. Futuro e passado em chamas. Período em que os cadáveres da intolerância, racismo, homofobia e de todo tipo de preconceito saíram dos armários para ganharem as ruas, enquanto uma devastadora pandemia nos confinava dentro de casa - enfatiza o cantor. No palco, Cláudio Frêp passeia por diversos gêneros musicais para defender e definir a pele cabocla como aquela que melhor representa a vestimenta de um corpo universal, como diz em seu manifesto: “tenda exposta às chibatas dos ventos, epiderme de infinitas camadas, fluxo e filtro identificador de tudo que é humano”... Leia a Entrevista com o Cláudio no Marramaque
"Castelo d'Água" é o terceiro álbum da Grimório de Abril (Veridiana Sanchez) e o primeiro pela Municipal K7. Sanchez é uma platonista dedicada que compartilha, nessas nove faixas, uma sabedoria musical onde tudo corre como ornamentação do Tempo. A ordem lógica entre a plástica dos sons e os seus respectivos sentidos se suspende; o que se prestaria a representar coisas externas à música aqui habita um ambiente fluido de transparências e opacidades. O Castelo d'Água é um espectro a se formar com o ouvinte em múltiplas profundidades e ângulos, parecendo sempre preferir o lado escuro e translúcido das suas formas. É assim que melodias a la Edu Lobo surgem misturadas a drones onde se afogam em cascatas de cânticos atonais, loops exuberantes de guitarra se entrelaçam com telefonemas desbotados, acordes esparsos e melodias pulverizadas se reencontram na órbita de um ritmo vago mas persistente, enquanto coros vocais multiplicam ecos de vozes como num prisma. Veridiana Sanchez é natural de Garça, no interior do Estado de São Paulo, e desde o fim do período de emergência da pandemia vive na capital, onde estuda filosofia. Gravou “Castelo d'Água” nas duas cidades entre 2019 e 23, e diz hoje que “a atmosfera de composição estava bem longe da metrópole”. Convidamos os amigos a essa jornada com uma guitarrista e cantora inspirada, instrumentista singular em seu estilo de dramatizar os vitrais da casa pública dos sons...
Nevi Lunes, artista do litoral piauiense e cabeça do projeto Ultrópico Solar, está de volta com mais um álbum solo. No caso do Levi Nunes, os álbuns solos nunca são sozinhos. Neste, ele vem acompanhado dos conterrâneos André Oliveira (teclado e voz) e da cantora Brisa. Além deles, vários nomes da cena piauiense participam do álbum de 10 faixas curtas, todas gravadas na casa do Levi, naquele esquema lo-fi e com ares de MPB de outros tempos...
"Viro Onda (No Azul do Teu Mar)", composta e produzida por Sergiopí em colaboração com Marco Bombom, transporta os ouvintes por uma viagem sensorial através das influências musicais do artista. Com elementos que remetem a Prince e bossa nova, a música explora a jornada de autoconhecimento do personagem principal, utilizando falsetes bem mixados e uma fluidez pop impressionante. Enquanto isso, "Samba Hostil", também escrita por Sergiopí e Marco Bombom, apresenta uma fusão orgânica de gêneros como trip hop, soul e samba. Os vocais do artista se sobrepõem em harmonias que evocam o R&B dos anos 1990, trazendo versos mais assertivos e menos vulneráveis. O primeiro single da trilogia, "Sons de Ressaca", é uma colaboração entre Sergiopí e Marcelo Frota (MOMO.), conhecido por suas experimentações musicais refinadas. Cheio de nuances e sutilezas, o registro emula uma sonoridade oitentista, ecoando a trilha sonora de filmes cultuados como Blade Runner... Continue Lendo no Blog Música Boa
Formada há cinco anos, a banda recifense O Quartinho lançou, nessa quinta-feira, Desencontro, seu primeiro álbum da carreira. Composto por oito músicas no total, o trabalho promete embalar os corações dos apaixonados e agitar as noites daqueles que apreciam canções swingadas. A banda, que tem em sua gênese musical a fusão das influências da música alternativa com o brega, abraça de vez o ritmo já tarimbado na capital pernambucana, imprimindo sua própria assinatura... Continue Lendo na Revista O Grito!
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