quarta-feira, 18 de junho de 2025

Samuel de Saboia - As Noites Estão Cada Dia Mais Claras (2025)...




Não me surpreendeu quando Samuel de Saboia, de 27 anos, puxou o vinil de Molhado de Suor (1974), de Alceu Valença, e colocou debaixo do braço. As Noites Estão Cada Dia Mais Claras, disco de estreia do pintor recifense, evoca o rock psicodélico dos primeiros discos de Alceu, especialmente na expressão da voz, nos gritos e gemidos que embalam a exploração sonora de primeira viagem. Eu encontrei o Samuel em uma tarde meio quente, meio fria de maio na Galeria Nova Barão, no centro de São Paulo, também conhecida como Galeria dos Discos, que pode ser acessada pela Rua Sete de Abril. Samuel pegou o vinil do Alceu na primeira loja em que entramos e levou junto dele mais dois discos de Mitski, Puberty e Bury Me At Make Out Creek, e um do The Lemon Twigs, A Dream Is All We Know. Samuel é uma presença. Interessado, instigado, a fim. Foi um pouco desconcertante entrevistá-lo porque, logo depois de responder à primeira pergunta, ele emendou: e você, como é o seu processo criativo? É raro conhecer uma pessoa que tenha alcançado o nível de prestígio internacional que ele alcançou tão jovem e não tenha, em algum momento, substituído a sua capacidade de conversar pela habilidade – extremamente difícil – de dar entrevista. Samuel parece dar conta dos dois tranquilamente, como que em uma dança, borrando a fronteira entre uma coisa e a outra. É com olhar castanho cativante que Samuel persegue o mundo, atento, com um genuíno interesse por ouvir, comentar e fazer da vida um grande espetáculo da leveza... Continue Lendo no Monkeybuzz

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