sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Drama em Crise - Drama em Crise (2023)...




 Após os singles “Vertigem”, “Hiroshima Meu Amor” e “Terra em Brasa”, a Drama em Crise enfim lançou o seu álbum de estreia, autointitulado. Rica em referências musicais, audiovisuais, literárias e teatrais, a banda condensa sua pluralidade em um trabalho experimental, performático e pop. Com 15 faixas, o primeiro disco da banda mogiana trata sobre vários temas, mas sempre tendo como pano de fundo um aspecto em comum: o ponto de vista crítico tentando compreender  as angústias da existência na sociedade contemporânea, misturando subjetividade com um olhar crítico da vida urbana no Brasil. É um disco realista, mas não catastrófico: ele chama à ação, faz uma convocatória para mudança dessa realidade. O disco foi produzido de maneira analógica em um gravador de fita de 16 canais. Além de trazer uma textura sonora diferente, esse contexto coloca os músicos para trabalharem através de um método de gravação que já não é tão usual hoje em dia: “A gravação analógica nos obriga a certas coisas. Tem que ser certeira, fazer no primeiro, no segundo ou no máximo no terceiro take”, conta Gabe Fortunato, vocalista do grupo. Dividido em atos, o álbum inicia com o Prólogo, que representa a primeira faixa do disco, “A Crise do Drama Moderno”. No estilo spoken word, a música, que surgiu de um improviso, elucida  o conceito da banda e funciona como uma declaração de intenções, feita sob uma atmosfera atonal e acompanhada de sintetizadores cacofônicos. Em seguida, vem o Ato 1, denominado de As Chamas, que engloba as faixas “Apolo e Dionísio”, “Hiroshima meu Amor” e “Terra em Brasa”. Enquanto a primeira tem a influência  das bandas New Order e Pulp, a segunda é inspirada no filme de Alain Resnais e na canção da banda britânica Ultravox. Ambas as faixas falam sobre paixão, mas sem romantizações e idealismos. Já a terceira discorre sobre nomes revolucionários e controversos da história do Brasil e da América Latina, Carlos Prestes, Antônio Conselheiro, Lampião e outros...

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