sexta-feira, 17 de novembro de 2023

lōtico - Oran (2023)...




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 Ele vem de uma São Paulo pandêmica, dos idos de 2021. Dois anos depois, o Lótico chegou a lançar dois singles esporádicos até que, no final do terceiro trimestre, decidiu anunciar seu primeiro álbum de estúdio. Intitulado Oran, o material é resultado da coleta de músicas compostas entre outubro de 2021 e fevereiro de 2023, e colocadas sob gravação entre junho e agosto deste ano. O vento uiva enquanto passa pelo ambiente inóspito. Entre os rochedos e o chão de terra batida, uma fresta de luz, ao longe, é avistada. Apesar desse prelúdio de incitação de nervosismo, o céu que o abriga causa um acalentador estado de tranquilidade e proteção. Límpido e entre estrelas de brilhos quase incandescentes, ele, oferecendo uma noite cristalina, derruba pitadas de uma psicodelia extasiante envoltas em um estado de torpor quase transcendental. Graças à sincrônica maciez mística existente entre as guitarras de Leonardo Passos e Pedro Ferreira, e o sonar floral do sintetizador de Guilherme Xavier, a introdução de Cerimônia assume denso caráter esotérico. Ganhando corpulência, mas sem qualquer sinal de gordura, a partir do baixo de Bruno Araújo, a melodia assume voos mais baixos, mas ainda de intensa suavidade, enquanto passa a divulgar notas levemente estridentes. Com a entrada da bateria de Juliana Lellis, Cerimônia passa a soar como uma marcha ao além-vida, uma caminhada serena à dimensão espiritual. Sem sobreaviso, a calmaria avassaladora tem sua estrutura rompida por um rugido áspero vindo da guitarra de Xavier. A partir dela, um post-rock de caráter metalizado, sujo e estridente, tal como o stoner rock, mas que consegue introduzir, também, raspas de nu metal e metal alternativo, se soma à receita melódica da canção, que finaliza com a esfera rítmico-melódica completa com a entrada do vocal. Com versos curtos e de verbalização repetitiva, Passos acrescenta seu vocal áspero e gutural enquanto define o verdadeiro sentido da canção, que é, em sua esmagadora parte, um instrumental, um prelúdio de torpor e alucinação que se transforma em desespero... Continue Lendo no site do Diego Pinheiro

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