segunda-feira, 4 de maio de 2015

Astronauta Marinho - Menino Sereia (2015)...





Qual é a música que um menino pode cantar para soar como uma sereia? Ainda faz sentido, na disparidade do contemporâneo, tentar encenar melodias “doces”? Menino Sereia pode não ser um álbum conceitual, mas em seus momentos mais etéreos temos uma dinâmica interessante: a manifestação lúdica através de ecos e delays, o som do mar se confundindo em uma paisagem que tenta, a todo instante, representar a “multiplicidade” urbana. Não se trata exatamente de um suposto urbanismo, mas há nessas articulações uma estética que denuncia lugares em movimento, uma música que recusa a inércia. As baterias precisas atrás de versos de guitarra que, quase sempre, preferem uma construção mais sóbria e acessível, construindo esse estranho “aconchego” nas grandes cidades. Embora podemos, facilmente, relacionar o Astronauta Marinho com muitas das bandas que emergiram do “pós-rock”, uma especificação da banda nesse gênero seria tolice e uma espécie de redução. A integração entre piano e contrabaixo, em faixas como Xote para Goya, deixa claro o afastamento de clichês do gênero... Leia Mais
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