segunda-feira, 10 de outubro de 2016

eliminadorzinho - nada mais restará ep (2016)...




todo mundo que esteve próximo de mim nesse último ano sabe que não foi um período fácil, em muitos sentidos. cada um lida com esses momentos da maneira que julga mais apropriada, e pra mim essa foi sempre a música. sem banda ativa, por volta do final de 2015 até abril de 2016 escrevi as músicas que compõem esse álbum, no meu quarto, tentando entender tudo que estava acontecendo. inicialmente esse projeto não tinha nome, e era algo tão pessoal que não me sentia a vontade para gravar com uma banda, e sim só como algo solo. com o tempo, as músicas - e eu mesmo - foram evoluindo e tomando uma forma que necessitava ser dividida, compartilhada e recriada. em maio de 2016 eu chamei meus amigos João Pedro e Tiago, e formamos a eliminadorzinho. o nome, apesar de parecer um tanto despretensioso demais, descreve muito do que eu senti nesse ano: uma profunda sensação de estar minúsculo em um mundo gigante e mutável demais, e a vontade de destruir tudo ao meu redor. e daí mesmo veio a necessidade de registrar e botar pra fora nossos sentimentos mais profundos, nossas confissões mais secretas. após nossos primeiros ensaios e shows, ficamos extremamente ansiosos para começar a registrar as nossas músicas e, com a ajuda de alguns amigos que nos emprestaram microfones, amplificadores e demais aparelhos, gravamos em alguns dias, em casa, as quatro músicas que agora formam esse ep. nosso amigo Felipe Aguiar, da gorduratrans, se disponibilizou para fazer a mixagem e a masterização do álbum, e não poderíamos ficar mais gratos. não bastasse a honra de ter como parte do nosso primeiro registro em estúdio uma das pessoas que mais me influenciou musicalmente nos últimos anos, o resultado ainda ficou muito melhor e maior do que esperávamos. o nome do álbum nos ficou claro por volta de quando terminávamos de gravar as músicas. nada mais restará. (retirado de um trecho da minha música favorita do my bloody valentine), com um ponto final. porque cada vez mais nós sentíamos a efemeridade de tudo ao nosso redor, e de nós mesmos. o álbum fala muito disso, desse conceito abstrato que envolve de morte e nascimento a procrastinação e tédio. a destruição de tudo para criar uma coisa nova. e é isso que eu gostaria de passar como mensagem no final desse processo. nada mais restará. mas o ruído soara para sempre...
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