segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Trincado - Todos os Santos (2012)...




Artaud disse uma vez: 'Não concebo uma obra isolada da vida. Não amo a criação isolada.' Eis uma possível chave para auscultar este trinco de 'Todos os Santos' e mais: de demônios, de todos tipos de figuras, de figurados, de climas claros e escuros, que mais do que imaginados são vivos, vividos na ponta da língua, no oco dessa voz. Voz que sabe metamorfosear o furor silencioso das tormentas em canções calmas, naturais, como é natural para este Trincado, o criar canções. É um disco minimalista, com poucos elementos, e que apesar disso, ou por isso mesmo, mostra uma eloqüência rara. Silêncios macaléicos entrecortados por levada de samba, por guitarras elásticas, eletrizantes. Silêncio e poesia nas letras que cria. Chegadas e vindas, e vidas cantadas com naturalidade, com simplicidade. Um puta Ep!...
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