sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Vitor Araújo - Levaguiã Terê (2016)...





Os experimentos testados por Vitor Araújo no complexo A/B — 15º lugar na nossa lista dos 50 melhores discos de 2012 —, estão longe de chegar ao fim. Em Levaguiã Terê (2016, Natura Musical), segundo álbum de estúdio do compositor pernambucano e primeiro registro montado apenas com composições próprias, vozes em coro, arranjos de corda e delicadas melodias tortas servem de estímulo para a construção de um trabalho que ganha novo significado a cada movimento orquestral ou mínima alteração no canto melancólico de seu idealizador. Inspirado de forma confessa pelo trabalho de artistas como Björk, The Knife, Animal Collective e, principalmente, os britânicos do Radiohead, grande influência de Araújo, o registro de 14 faixas e pouco mais de 70 minutos de duração mostra a busca do multi-instrumentista por um novo mundo de possibilidades, texturas, fórmulas e sonoridades. Batidas e temas eletrônicos que correm em paralelo ao uso de ambientações orquestrais e conceitos íntimos da música de vanguarda. Conceitualmente dividido de em duas metades, durante todo o primeiro ato, Levaguiã Terê — o nome vem de um pássaro mitológico do folclore indígena —, reserva ao público uma coleção de temas orquestrais, sempre provocativos, intensos. Inaugurado pela crescente Rando Fálcigo: Toque Nº 1, um verdadeiro turbilhão instrumental com mais de nove minutos de duração, o trabalho reflete a todo instante o completo esmero do artista durante a construção e polimento do registro. Fragmentos instrumentais que se destacam com naturalidade mesmo dentro da épica arquitetura da faixa... VIA
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