quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Moons - Dreaming Fully Awake (2019)...




O clipe de “Inside Out” traz imagens do acervo de família de um dos integrantes da banda Moons filmadas na mesma casa em que Dreaming Fully Awake foi produzido – a mesma retratada na capa do álbum. Dessa forma, o vídeo parece carregar consigo as principais pistas para desvendarmos a obra: o senso de familiaridade por um lado e o processo de gravação pelo outro. Quando digo “familiar”, me refiro a muito mais do que a uma referência direta ao conteúdo da faixa citada (que narra o divórcio dos pais do vocalista e compositor André Travassos). É que há, ao longo das nove faixas, versos e mensagens de assimilações fáceis, uma universalidade reconhecida mesmo nas músicas mais narrativas. Existe nelas uma intenção de intimidade, percebida na temática reflexiva de versos como “Às vezes sou complexo/ Às vezes sou profundo/ Como qualquer ser humano”, canta em inglês na abertura “Nobody but Me”.Por outro lado, os questionamentos podem em momentos soar vagos, talvez pela predileção por cantar em uma língua estrangeira. Estrofes como “You taught me the sky has no ceiling/The end is the beginning of something new/And if you need to cry let tears wash your eyes/Don’t feel shame” (“Guilty Pleasure”) denotam um certo deslumbramento com o idioma de modo que as metáforas, de fato, nem sempre chegam com toda sua potência. Em paralelo, há grande familiaridade também nas estéticas Indie e Folk pela qual as músicas navegam. Os timbres e arranjos evocam desde nomes atemporais do estilo, como Elliott Smith, a outros mais atuais, como Cigarettes After Sex. As inspirações reverberam o Dream Pop de vez em quando (como em “Sweet and Sour”), uma Psicodelia suave em outros (na faixa-título) e leva o ouvinte a uma Califórnia construída pelo nosso imaginário em faixas como “Earthquakes”... VIA
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