quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Fernando Motta - Desde que o mundo é cego (2017)...




"A noite na minha frente/ninguém mais pra ver/de novo eu tenho que decidir tudo que foi ou vale o mundo antes de conseguir dormir". Por meio da faixa "A Noite", em pouco mais de um minuto, Fernando Motta apresenta o conceito de seu segundo disco, "Desde que o mundo é cego", lançado hoje pelo selo Geração Perdida de Minas Gerais. Com dois singles lançados há pouco mais de três meses, "Impulso pra Voar" e "Futebol (Colônia de Férias)", o disco agora revela sua montagem final, que logo depois da introdução passa por outras três fases antes de chegar ao encerramento: fuga, lembrança e enfrentamento. O disco tem participação de dois outros integrantes da Geração Perdida. João Carvalho (Sentidor/Rio Sem Nome/El Toro Fuerte) produziu e tocou baixo nas quatro faixas com banda completa, que contam ainda com as baterias de Fábio de Carvalho. Fernando toca os demais instrumentos: guitarra, violão e piano. O sucessor de "Andando sem olhar pra frente", apresenta um conjunto ainda mais íntimo que o disco de estreia. Violões ricos em texturas, harmonias, vozes ora dobradas, ora quase sussurradas, guitarras sutis, que explodem poucas vezes e em momentos até inusitados. Parte do disco foi gravado por Fernando sozinho em seu quarto. "Parece que as músicas tinham que sair com essa sonoridade, principalmente as acústicas. Mas não é uma coisa que funciona sempre, é o que eu imaginava especificamente pra esse disco. Eu nunca deixaria que algo desleixado estivesse no projeto final. Pelo contrário. Acho que é o trabalho mais cuidadoso que já fiz. Tivemos o cuidado pra que nada muito montado e artificial entrasse. Acho que as baterias têm muito disso também, não são lá muito convencionais. Toda vez que eu ouço, sinto que o Fábio está ali tocando na hora. Também vejo isso na capa e contracapa do disco, na coisa meio rascunhada, em fazer disso uma coisa bem pensada, não simplesmente jogada", conta...
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