sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Jonatas Onofre - qui tolis, vulnere (2017)...




Carregar, tomar, levar consigo feridas. Experimento, grito, aviso, pergunta, do agrotóxico nos pulmões do xamã aos tiroteios nos morros do RJ, dos ruídos da casa à música do matagal, do poema à peça de piano, do sussurro ao berro, do auto retrato pintado por outras mãos à folhagem de uma cicatriz. Esta é, além desse movimento de exposição e dor, uma intervenção de Jonatas Onofre, mas também uma provocação coletiva que contou com as mãos e vozes de Thaysa Aussuba (capa), Fernanda Boaventura (leitura em miserere), Luann Ribeiro(Leitura em agro) e André Xavier(leitura em cidade-mandíbula) e também significou um diálogo com os sons do cinema, da vida cotidiana e da violência nossa de cada segundo. Oração às avessas, pus e ardência. Isto, aquilo. Vazio, vazios. Dez mãos espalmadas no abismo...
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