quarta-feira, 7 de junho de 2017

unabomber - Massas & Manobras S.A. (2017)...




Theodore Kaczynski, quem se lembra? Quantos menos se lembrarem, melhor: o professor e matemático americano, assumiu uma paradoxal faceta terrorista, uma espécie de gênio do mal, preso nos anos 1990 e trancafiado até hoje. O pseudônimo do meliante, entretanto, deu a ideia para um grupo de jovens músicos da Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, nos mesmos anos 1990, que formaram uma banda e lhe deram esse nome. Enquanto integravam outros grupos, os rapazes se reuniam no fim de semana para tocar, e daí começaram a surgir composições próprias. O batera Paulo Stocco (PC, figurinha fácil e querida no underground carioca) e os irmãos Sandro Luz (guitarra) e André Luz (vocais) convidaram o baixista Alan Vieira, e de cara já rolou uma alquimia. Após alguns shows, resolveram recrutar mais um guitarrista, e Jeff Barata se prontificou de imediato a assumir a posição. A partir de 1995, a banda iniciou uma reformulação no som e nas composições. Foi quando o Unabomber gravou sua primeira demo, com produção da própria banda. A repercussão foi forte, com resenhas em todas as revistas especializadas e zines. A imprensa roqueira na internet ainda engatinhava. O segundo tape foi gravado em agosto de 1997, com a produção do então iniciante Rafael Ramos (hoje um nome de peso da indústria da música no Brasil, sócio da gravadora Deck, de Pitty, Matanza e outros bichos), sendo lançado oficialmente em janeiro de 1998, novamente com bom eco na imprensa, que destacava a originalidade do som.No início de 2017, o unabomber gravou seis músicas selecionadas a partir das demo-tapes Dos anos 1990 - agora com um embrulho profissional, que dá total destaque ao instrumental preciso e aos vocais agressivos de André Luz - mais ou menos como se o cultuado disco "Titanomaquia" (1993), ganhasse vida própria e seguisse em frente. O material foi gravado, mixado e masterizado no Kólera Studio, com produção de Celo Oliveira (Hydria/Fleesh) e comporá um EP (a ser lançado exclusivamente em meio digital. A direção artística é do fotógrafo Marcos Hermes. E o Unabomber está aí, pronto para explodir de novo...
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