quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Paulão - Faz escuro, mas eu canto (2016)...




Música negra, groove e lirismo marcam o disco solo do cantor e compositor Paulo Cesar Linhares, 25, o Paulão. Faz escuro, mas eu canto mostra, em nove canções um lado menos solar, mais sóbrio do artista, que surgiu no cenário musical maranhense como compositor, guitarrista e cantor da banda Pedeginja. Faz escuro, mas eu canto foi composto e gravado durante o hiato do grupo, em 2015.Contrastando com a alegria de Contos Cotidianos (2013), álbum da Pedeginja, Faz escuro, mas eu canto revela um compositor mais maduro, concentrado em desnudar intimidades de fases delicadas de sua vida, com temas como a separação (Dia D, Penélope) e o próprio fazer artístico (Canto das Sereias, Música do Sereno). Poeticamente, o disco se situa entre uma noite e outra, recurso do qual Paulão se utiliza para transitar desde sonoridades introspectivas (Grilos) até a euforia da sexta-feira boêmia (Faz teu nome). Música do Sereno e Grilos, canções que já haviam sido gravadas anteriormente pela cantora Nathalia Ferro, ganham aqui sua primeira versão na voz de seu compositor.O álbum remete aos seus contemporâneos da música popular, mas se destaca por uma escrita cuidadosa e menos atenta a maneirismos. Talvez por isso tenha conseguido dar vazão à musicalidade negra que acompanha Paulão, flertando com o soul, o samba, afoxé e até com o afrobeat, sem perder a naturalidade...
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