sábado, 12 de maio de 2012

Rodrigo Campos - Bahia Fantástica (2012)



Desde o pri­meiro CD — São Mateus Não É Um Lugar Assim Tão Longe — Rodrigo Campos já se mos­trava um ótimo cro­nista, de afi­nada voz entre uma turma pro­lí­fica da MPB. Até então, o can­tor era um homem de samba, banhado pela urba­ni­dade da peri­fe­ria de São Paulo. Em Bahia Fantástica, seu novo tra­ba­lho, no entanto, o can­tor trans­fere sua poe­sia dos cam­pos de terra batida para a terra de todos os santos. “Cinco Doces” abre as por­tas numa apo­te­ose. A voz doce de Rodrigo entra num cho­que espe­ta­cu­lar com um sax em alto e bom som. As crô­ni­cas con­ti­nuam sendo um ponto alto nas com­po­si­ções de Rodrigo. “Princesa do Mar” com­bina Iemanjá e maré com a “maluca” Andreza. Em “Ribeirão”, Criolo – um dos mui­tos par­cei­ros de Rodrigo neste segundo tra­ba­lho — canta um romance de escra­vos. Ainda sur­gem Beto, Alexandre, Ana. Histórias de vida, de morte e de fé (“Sete Velas”). No meio do cami­nho, batu­ca­das e a linda voz da esposa de Rodrigo, a can­tora Luisa Maita, fazem de “Morte na Bahia” uma intro­du­ção à segunda metade do CD. Muitas can­ções são fei­tas de pou­cos ver­sos que, a cada repe­ti­ção, cres­cem com arran­jos ins­tru­men­tais dife­ren­tes e sur­pre­en­den­tes. Ao longo de “Aninha”, feita de qua­tro ver­sos, se alter­nam flauta e gui­tarra, ora tími­das, ora caóticas. (continue lendo na Revista o Grito!)

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